PALAVRAS DE SEDA

Escrever passou a ser necessidade diária, como a respiração mantém o corpo vivo, o ato de escrever mantém minha alma solta para trafegar pelo mundo dos sonhos.
Ao me deixar levar pelas palavras visualizei novo horizonte e criei asas. Voei.
Em vinte anos escrevi dezenove livros em vários estilos: conto, crônica, poesia, romance e biografias.
Alguns de meus livros biográficos foram livremente inspirados para o cinema e TV. Ganharam prêmios.
O importante é continuar escrevendo, registrando histórias e estórias para que a memória não se perca no mundo digital.
De tanto escrever biografias resolvi deixar o registrado meu ensaio biográfico cujo viés é meu Anjo da Guarda. Pode parecer um pouco estranho, porém é bem real. Por isso, acesse também o meu blog "Os Anjos não envelhecem", eu disponibilizei meu livro na íntegra, onde constam fotografias e documentos. O livro físico está esgotado.
Viaje através das palavras. Bem-vindo (a).

















































































































sexta-feira, 28 de outubro de 2011

RECIFE - BRENNAND


RICARDO BRENNAND


Na minha vida, meu sucesso como empresário foi, em grande parte, fruto do apoio que sempre recebi da minha gente, dos meus colaboradores e da permanente companhia do meu Pai Antônio e do Tio Ricardo.
Assim, para resgatar parte do que de todos recebi, com desapego pelas coisas materiais e coragem indispensável para enfrentar os desafios, pude ver o nascimento desta obra, ao fincar, aqui, em São João da Várzea, terras de João Fernandes Vieira, as bases do Instituto Ricardo Brennand em homenagem ao meu Tio.
Deus quis que tivesse ao meu lado, Graça, mulher dedicada, que me deu oito filhos, companheiros do dia-a-dia, solidários com meus sonhos e que serão meus sucessores e responsáveis pela manutenção e conservação deste Patrimônio Cultural de Estudos Brasileiros, em terra do meu Pernambuco.
Como nos ensina o poeta português, quando...
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Um abraço, 

Ricardo Brennand.









 Museu de Armas Castelo São João foi criado pelo colecionador pernambucano Ricardo Brennand, que há mais de cinqüenta anos vem adquirindo obras de arte das mais diferentes procedências e épocas, cobrindo um espaço de tempo entre os séculos XV e XXI, com peças provenientes da Europa, Ásia, América e África.

Essas obras de arte estão reunidas em coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário.
Essas obras de arte estão reunidas em Coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, com destaque para a maior coleção privada do pintor holandês Frans Post, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário.










































FRANCISCO BRENNAND



RECIFE (AFP) — Um universo mítico de marcado erotismo e milhares de esculturas compõem o estúdio-museu construído pelo escultor, pintor e ceramista brasileiro Francisco Brennand durante as últimas quatro décadas no Recife.

"Este não é um cetro, é uma bengala que preciso para andar", apresenta-se com simpatia Francisco Brennand. Acomodado em uma poltrona no centro de seu templo-museu, parece mais um rei, um Netuno dos mares, com sua barba branca, ávidos olhos risonhos e um sorriso esplêndido.

Brennand, de 80 anos, dedicou quase a metade de sua vida construindo este imenso estúdio de esculturas em cerâmica que ele chama sua "Oficina", onde continua trabalhando ativamente e que surgiu das ruínas da velha olaria que pertenceu a seu pai.

Uma frase do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein gravada em um dos seus jardins dá a idéia da magnitude: "a arquitetura imortaliza e glorifica, por isso não pode haver arquitetura na qual não haja nada para glorificar".

O universo mítico das esculturas que povoam os galpões e os jardins está repleto de figuras eróticas e falos, alegorias religiosas, formas totêmicas quase aborígines e bestas surgindo à vida a partir de extraordinários ovos.

"Minha preocupação é a reprodução: a vida é eterna porque reproduz, e não pode haver reprodução sem sexualidade", explica Brennand.
"Aqui existe uma sexualidade sem pudores, que tem ao mesmo tempo algo de primitivo e ao mesmo tempo cruel e inevitável", afirmou o curador Olivio Tavares de Araújo.

Brennand se lançou no mundo da cerâmica em uma viagem à Europa. O artista chegou a Paris em 1949, interessado por pintura e com "sérios preconceitos contra a cerâmica", material que seu pai usava para fazer azulejos e telhas.

Quando se deparou com os trabalhos de Pablo Picasso, de Joan Mirò, de Paul Gauguin e do arquiteto de Barcelona Antoni Gaudí, mudou de opinião. "Me senti encantado e humilhado, porque percebi que perdi os melhores anos da minha vida para fazer cerâmica".

Em 1971 decidiu instalar sua oficina na olaria em ruínas fundada em 1917 por seu pai. "Vi o espaço como um território livre" onde poderia desenvolver sua arte, explica.

As ruínas continuam ali, mas sobre elas surgiu um templo, e não destruir essas ruínas significa preservar sua infância que floresceu feliz nesse espaço.

As paredes de seus imensos galpões foram revestidas com um azulejo "da cor do tempo". São todos marrons e dourados, com uma tonalidade que muda de acordo com a luz do dia, proporcionando um efeito visual que "somente o tempo e o fogo conseguem emitir", conta apaixonado.

Mais de duas mil esculturas ocupam o lugar. "Tive que criá-las para preencher esses espaços imensos, não tinha como encher o galpão de murais", brinca Brennand.


Seu interesse se voltou para a forma e a matéria. A coloração parece muitas vezes uma insinuação, "existe e foi devorada pelo magenta" dos fornos, explica o ceramista - um caso curioso para o artista que começou a carreira pintando.

"A cerâmica me fez desconfiar das cores", revela.

Brennand passou os primeiros anos trabalhando sozinho. Deixou as finanças nas mãos de seu genro economista e o projeto se tornou viável produzindo azulejos semi-artesanais nos mesmos fornos nos quais o artista preparava suas maravilhosas esculturas.

Hoje em dia, aproximadamente quatro mil pessoas o visitam por mês e 100 operários trabalham no local, muitos são artesãos que produzem decorações baseadas nos trabalhos de Brennand.

Suas esculturas atualmente decoram espaços importantes no Brasil, onde é considerado um grande escultor e ceramista, e já percorreram cidades da Europa e dos Estados Unidos. Neste sábado inaugura exposição em São Paulo (na Caixa Cultural) e no segundo semestre inaugura outra mostra itinerante nas grandes capitais do país.





















3 comentários:

norália disse...

Querida Rita.
Que maravilha de viagem à Veneza Brasileira: amigos, dia da poesia, baobas fantásticos e visita ao museu Brennand.
Você foi até lá para lançar Raizes de Aninha?
Curti cada foto sua. Que alegria estava em seu rosto. Curti demais tudo que nos mostrou...
Obrigada por compartilhar conosco tais riquezas.
Abraços,

Norália

Silvinh@ disse...

Olá Rita aqui é o Victor do 5° ano A da manhã.Eu adorei suas fotos curti tudo.Adorei o passeio que você fez.
Lembra da visita que você fez aqui no COC?Eu estava no 4° ano.Hoje sou aluno da tia Silvinha.
Então,tchau.

Rita Elisa Seda disse...

Olá Victor, tudo bem? Recife é uma cidade encantadora, quando puder vá conhecê-la, aposto que vai gostar. Me lembro bem da visita que fiz ao COC de Araraquara, foi um dia especial em minha vida. Agora você está no 5º Ano?! Que ótimo! Estude bastante pois o futuro do Brasil depende de vocês que são jovens!
Mando um beijo para você e para todos amigos da Escola COC de Araraquara. Felicidades, saúde e a paz!