PALAVRAS DE SEDA

Escrever passou a ser necessidade diária, como a respiração mantém o corpo vivo, o ato de escrever mantém minha alma solta para trafegar pelo mundo dos sonhos.
Ao me deixar levar pelas palavras visualizei novo horizonte e criei asas. Voei.
Em vinte anos escrevi dezenove livros em vários estilos: conto, crônica, poesia, romance e biografias.
Alguns de meus livros biográficos foram livremente inspirados para o cinema e TV. Ganharam prêmios.
O importante é continuar escrevendo, registrando histórias e estórias para que a memória não se perca no mundo digital.
De tanto escrever biografias resolvi deixar o registrado meu ensaio biográfico cujo viés é meu Anjo da Guarda. Pode parecer um pouco estranho, porém é bem real. Por isso, acesse também o meu blog "Os Anjos não envelhecem", eu disponibilizei meu livro na íntegra, onde constam fotografias e documentos. O livro físico está esgotado.
Viaje através das palavras. Bem-vindo (a).

















































































































quarta-feira, 19 de outubro de 2022

A-DEUS IRMÃ MARIA DA GLÓRIA MJCr

 






A-DEUS IRMÃ MARIA DA GLÓRIA MJCr.
Queridos devotos de Nossa Senhora das Lágrimas, hoje cedo recebi uma notícia que ao mesmo tempo fiquei triste e alegre. Uma sensação de perda e de ganho. Chorei e pedi a Nossa Senhora das Lágrimas que oferecesse junto às Suas Lágrimas... as minhas; para que aconteça uma grande graça através do falecimento da Irmã Maria da Glória.
Minha querida amiga que tanto me ajudou a superar uma fase difícil da minha vida e intercessora pela pesquisa para eu escrever a biografia da Irmã Amália e o devocionário às Lágrimas de Maria.
Agora ela encontrou Deus, Jesus, Espirito Santo, Nossa Senhora das Lágrimas, Irmã Amália e minha mãe.
Ontem estive reorganizando o livro OS ANJOS NÃO ENVELHECEM (talvez seja editado e publicado pela Editora Imaculada), minha autobiografia com foco no meu Anjo da Guarda. Nele tem uma parte onde eu descrevi o quanto Irmã Maria da Glória me acolheu com muita atenção e carinho no Instituto.
Peço permissão ao meu Anjo para colocar aqui na íntegra essa parte do livro, páginas 132,133, 134 (obs: a primeira edição deste livro está esgotada):
PROCURA DE UM CAMINHO!
"Problemas aparecem sempre, precisamos ter força para resolvê-los e seguir adiante. Parar no caminho é sempre mais perigoso do que caminhar. Porém, em certa época eu parei... parei para decidir qual era o rumo que eu devia seguir.
Tempos desgastantes, por mais que eu tentasse não conseguia entender o autoritarismo. Mesmo com tantos ‘nãos’, eu apostei no ‘sim’.
Precisava de um tempo para meditar, para mudar, ou para continuar a mesma. Precisava reencontrar alguma parte minha que estivesse perdida na caminhada.
Eu questionei meu Anjo a razão dele não me socorrer em certos momentos tão difíceis, ou melhor, de deixar que eu sofresse punições que... no meu entendimento eu não merecia as penalidades. Eu queria e não conseguia entender a razão dele ficar calado. Sabia que poderia ser dolorosa demais essa decisão e, mesmo assim, eu... Parei!
Engano torturante dizer que a gente para, ou pensa que para. Mas as pessoas não param para nos entender e, se precisamos de auxílio pedem explicações que nem mesmo a gente tem. E se tiram um tempo para nos ouvir temos de dar satisfação de algo que é só nosso; cair na grande armadilha chamada sobrevivência humana é angustiante.
O tempo exigiu decisão.
Resolvi conversar com meu Anjo. Mesmo que eu ainda estivesse machucada com toda erosão em minha alma, mesmo que meu grito parecia não ser escutado por ele. Mesmo que me parecesse que meu Anjo me abandonara.
Eu me coloquei em postura de batalha, uma guerra travada entre o que eu acreditava e o que as pessoas queriam que eu acreditasse. Não sosseguei até que escutei a voz de meu Anjo me instruindo como obter ajuda. Eu estava tão magoada que não quis escutá-lo. Era meu Anjo falando e eu tapando os ouvidos; até que não consegui mais fingir que não era comigo que ele falava.
Nesse mesmo dia, peguei um livro a respeito de Padre Pio (ele ainda não era canonizado nessa época, mas eu rezava pedindo intercessão dele há muitos anos) e abri logo na página onde ele disse que, certa vez, o seu Anjo não atendeu seu chamado de socorro, então Padre Pio ficou muito zangado. Logo depois, o Anjo apareceu para consolá-lo e explicou que Jesus nos permite sofrer assaltos do inimigo para que compreendamos, pelo menos... um pouco, o que Ele passou no Deserto, no Jardim de Getsêmani e na Cruz (Carta I, 113).
Eu fiquei um tempo pensativa, tentando entender o significado daquelas palavras, pois por mais que eu sofresse, jamais chegaria a uma mínima porcentagem do que Jesus sofrera. A resposta me veio rápida: ‘o mínimo para Deus é muito’. Sorri. Meu Anjo disse que a minha ajuda, humana, estava em ficar um tempo em Deserto.
Aceitei a ajuda... fui procurar meu Deserto.
Mudar requer abalo sísmico na alma e todos meus alicerces despencaram. O que eu achava injusto era apontado como justo pelos que desejavam minha submissão. Tentei entender e a resposta veio sonora, através de meu Anjo fiquei ciente de que minha Cruz devia ser carregada por mim... e não deixada de lado; que tudo tinha um propósito maior para o bem. Porém eu estava cansada e nada mais importava a não ser parar e repensar os valores da vida. Saí em busca de uma resposta justa... pelo menos uma que me deixasse em paz.
Alguns dias depois procurei um retiro religioso. Fui para Campinas-SP, ficar junto às irmãs do Instituto das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. Entidade Religiosa que tem como fundador Dom Francisco de Campos Barreto que foi bispo em Campinas.
Fui para lá porque tenho grande afinidade pela vida de Irmã Amália de Jesus Flagelado e foi nesse instituto onde ela viveu durante alguns anos. Muito me alegrou ao ler sua biografia que ‘no dia 11 de maio, naquele tempo dedicado a Nossa Senhora Aparecida, receberam o hábito azul as primeiras noviças, entre elas a querida Irmã Amália’(Franco,18).
Eu sabia que a Irmã Amália de Jesus Flagelado fora agraciada com o fenômeno dos sagrados estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo e teve várias contemplações da Virgem Maria a quem denominou Nossa Senhora das Lágrimas, isso aconteceu dia 8 de março de 1930, quando ensinou o Terço das Lágrimas. Também revelou à irmã Amália, a Medalha Nossa Senhora das Lágrimas e pediu-lhe que a difundisse pelo mundo inteiro, pois através dela seriam realizadas grandes conversões e muitas almas seriam salvas. Já conhecia a história da Irmã Amália há muitos anos e sempre eu rezava a Coroa das Lágrimas, tinha algumas estampas e medalhas da época em que Irmã Amália era viva, mandada fabricar por ela.
Eu precisava de paz e melhor local não havia para recuperar minha alegria. A Irmã Maria da Glória me reservou um quarto no segundo andar onde eu pudesse ficar tranquila. Deixei minha mala no quarto e fui à capela, a mesma onde irmã Amália muitas vezes recebia a visita de seu amado Jesus e de Nossa Senhora. Lugar sagrado. Fiquei horas e horas em oração. De vez em quando eu via uma irmã entrar em um cômodo atrás do altar, depois voltava feliz. Ia visitar as relíquias de Santa Cristina.
Passei a fazer jejum, porém a irmã Maria da Glória me alertou que eu não deveria fazer tanto jejum, deveria comer algo pelo menos nas principais refeições, comer pouco, mas comer. O verdadeiro jejum é soltar as amarras dos prisioneiros, ela me disse.
Eu pedi autorização para ir à capela durante a noite e me informou que o acesso era somente de dia, à noite ficava fechada.
Então, depois de passar parte da manhã e da tarde em oração na capela, eu passeava pelo pátio do Instituto. À noite eu ficava no quarto, orando, ajoelhada. Certa noite eu disse para meu Anjo da Guarda que meu desejo era ir à capela durante a madrugada e ficar quieta, sem nem mesmo orar, apenas libertar-me das amarguras na alma. Ele ficou quieto. Eu me ajoelhei no chão e fiquei rezando o Credo, depois passei para a oração da Coroa das Lágrimas. Senti cheiro de rosas e dormi.
Acordei no chão, um passarinho estava na janela, cantando. Lembrei-me que aquele era o dia de aniversário de meu pai e, também, me lembrei de São Francisco de Assis. Levantei-me, sorri, peguei um papel e escrevi um poema para o pássaro sonoro. Senti a minha alma leve, liberta do rancor, desejava apenas a justiça.
Fui ao refeitório e me alimentei um pouco. Depois a irmã Maria da Glória me levou para uma sala especial onde constam alguns pertences da irmã Amália do Jesus Flagelado, inclusive alguns hábitos, devocionários, imagem de Jesus Manietado e alguns terços e medalhas. Ela pediu que eu abrisse a mão e depositou uma antiga medalha, que tem a desgastada figura de Nossa Senhora das Graças. Peguei a medalha e olhei-a atentamente enquanto a Irmã me informava: ‘Essa medalha foi muito usada pela Irmã Amália, por isso está gasta desse jeito. Ela agora é sua’.
Fiquei tão feliz que não consegui expressar meu contentamento, jamais haveria de pensar em algo tão maravilhoso como foi aquele presente.
DICA: Quando você passar por problemas e não conseguir compreender a razão de tanto sofrimento, quando se sentir ultrajada e não entender a punição indevida, não se deixe dominar pelo ódio; peça para que seu Anjo afine seu pensamento com o bem, com a paz, com o poder da Luz Divina. Faça esse exercício até que sinta que perdoou."
Rita Elisa Seda

quarta-feira, 1 de junho de 2022

PROJETO LIVRO "A MENINA E AS ESTRELAS" - LIF 2021/2022





















Já estão acontecendo os encontros para a criação literária de "A MENINA E AS ESTRELAS". A cada semana o livro ganha nova forma. O encantamento fica pela harmonia dos pensamentos. O desenvolvimento a quatro mãos traz uma estória deslumbrante para todas as idades. Você não perde por esperar.


Você precisa conhecer o projeto livro infantil "A MENINA E AS ESTRELAS" que Karina Muller Rufino, eu, Hellen Coppi, Mel Oliveira e Kelly Naiara estamos desenvolvendo neste ano de 2022, através da LIF 2021/2022

 

Minha parceria com Karina Muller Rufino é a criação literária de uma linda história: "A Menina e as Estrelas." Com o apoio institucional da Fundação Cassiano Ricardo - Prefeitura Municipal de São José dos Campos e incentivo do Vale Sul Shopping.


Esteja ligado nas lives e conheça como é a parceria para o desenvolver um livro infantil. Afinal, um livro vai além da leitura, ele faz o leitor ultrapassar os limites da realidade e atingir o infinito.


Descubra os projetos do Voadeira Estradeira que acontecerão através de mulheres que se uniram em prol da cultura joseense.

Comemore conosco.

Tenho certeza que você vai gostar. 


PREPARE SEU CORAÇÃO PARA VER UMA DAS PRIMEIRAS ILUSTRAÇÕES FEITAS PARA O LIVRO...



Mel Oliveira está desenvolvendo artisticamente maravilhosas ilustrações. 
Depois virá o tempo da Hellen Coppi fazer uma incrível diagramação. 
A Kelly Naiara fará a parte de revisão ortográfica. 
Agora você entende o quanto esse livro está sendo feito com muito carinho e amor. 


BLOG VOADEIRA ESTRADEIRA

II LIVE A MENINA E AS ESTRELAS

III LIVE A MENINA E AS ESTRELAS

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

PALESTRA NA FACULDADE DE MEDICINA

 Na terça-feira, dia 19 de outubro de 2021, às 10h e 16h, estarei na Faculdade de Ciências Médicas, HUMANITAS-SJC, em uma Roda de Conversa a respeito da biografia da Cora Coralina.

Também haverá exposição de alguns itens de meu acervo, resultante da minha pesquisa.




domingo, 3 de outubro de 2021

PRÉ-LANÇAMENTO DO DEVOCIONÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS LÁGRIMAS

 



LIVE - LANÇAMENTO DO DEVOCIONÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS LÁGRIMAS

 Espero vocês, amanhã à noite, para esse bate-papo com o prof. Raphael Tonon a respeito do Devocionário de Nossa Senhora das Lágrimas. Não percam. Acredito que vocês vão gostar. Será pelo YouTube, Academia Católica.



quarta-feira, 29 de setembro de 2021

DEVOCIONÁRIO NOSSA SENHORA DAS LÁGRIMAS


 

Pré-lançamento do Devocionário de Nossa Senhora das Lágrimas.

Nessa primeira edição um brinde especial.

Este livro apresenta a devoção a Nossa Senhora das Lágrimas, a biografia da missionária Irmã Amália Aguirre, orações e as mensagens de Jesus e de Nossa Senhora das Lágrimas reveladas através da religiosa. Estas orações e mensagens são destinadas a todos fiéis que recorrem às lágrimas santas de Nossa Senhora, para que seus pedidos sejam atendidos pela Santíssima Trindade. 

Você pode adquirir através do link:

https://www.editorasantuario.com.br/livros/lancamentos/devocionario-de-nossa-senhora-das-lagrimas?fbclid=IwAR1llvMtl-xnlHCJpv7Xiw4V2N-tnkYsOYR5xHsy8KgTSospe3KQXtyM9uw#.YVNInd8L20Y.whatsapp





quarta-feira, 22 de setembro de 2021

PLACA ESCRITORES

Sempre em minhas palestras, nos lançamentos de livros, sessões de autógrafos e, principalmente no meu currículo, em todos meus livros, fiz questão de deixar registrado que sou mineira de Santa Rita do Sapucaí. Amo minha terra natal, onde moram meus pais, familiares e muitos amigos.




Hoje fiquei sabendo que o Departamento de Turismo da cidade de Santa Rita do Sapucaí está colocando placas nos lugares de interesse turístico: edifícios, praças e casas de personalidades.
Cada placa tem um QR Code para maiores informações.
Eis a placa que constará na casa de minha família e o resultado ao ler o QR Code.
Tenho orgulho de ser santa-ritense...uai!
Agradeço a todos amigos dessa belíssima cidade pelo reconhecimento, principalmente dos meus pais Ivon Luiz Pinto e Rita Seda Pinto e do meu irmão Kico Nilo Ribeiro Junior . Fico lisonjeada pela citação à minha pessoa. Gratidão.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

"Pseudopaludicola coracoralinae"

Uma homenagem à poetisa Cora Coralina.
“Cânticos da Terra” é o título do capítulo 19 da II Parte do livro "Cora Coralina Raízes de Aninha", que escrevi em parceria com Clóvis Carvalho Britto. A grande parte desse capítulo escrevi em Andradina, ainda mais quando visitei a chácara “Casinha Branca”, onde a poesia telúrica marcou presença nos seus escritos, inclusive em 1944, seu lindo poema “Terra” (até então inédito) foi publicado no jornal “O Andradina”. Aos 55 anos, ela se denominava “Mulher Terra”. Nessa chácara Cora mantinha diversas plantações, uma dela era a de milho. Sr. Ricardo Alexandre Roque, atual proprietário, conheceu “dona Cora” (aliás na estrada de terra que chega à chácara tem uma placa “Subida dona Cora”) e me disse que a poetisa fazia inovações nas plantações, sempre respeitando o meio ambiente. Era uma verdadeira ambientalista. Essa era a raiz de Cora Coralina. Raiz que nasceu em Goiás e estendeu-se pelo estado de São Paulo. Raiz que agora está nutrindo não só os brasileiros, mas os amantes da poesia coralineana estão por todo planeta. Cora estendeu suas raízes.No sítio em Andradina eu ganhei algumas espigas de milho provenientes da mesma área onde a poetisa fazia sua plantação.
Nessa época eu decorei os poemas: “Oração do Milho” e “Poema do Milho”. Inclusive os versos:  “Tempo mudado. Revoo de saúva / Trovão surdo, tropeiro. / Na vazante do brejo, no lameiro, / o sapo-fole, o sapo-ferreiro, o sapo-cachorro / Acauã da madrugada / marcando o tempo, chamando chuva” do livro "Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais (UFG, p.110).
E a chuva veio... e o cheiro da terra molhada relembra os versos de Cora. A chuva se fez presente em poças d’água no meio do milharal. Foi então que, segundo vários jornais anunciaram, os pesquisadores Felipe Silva de Andrade e Isabelle Aquemi Haga, captaram a vocalização da nova espécie de anfíbio em Palmeiras de Goiás, cidade distante cerca de 209 km de Goiás, terra natal de Cora Coralina. No meio daquele milharal encontraram um pequeno sapo marrom (entre 1,25cm e 1,53cm) entoando seu coaxar que pode ser ouvido à distância. Esse pequenino anfíbio foi batizado cientificamente como “Pseudopaludicola coracoralinae” pelo grupo de pesquisadores das Universidades Estaduais de Campinas (Unicamp), Paulista (Unesp), no campus Rio Claro, e da Universidade Federal de Uberlândia, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O artigo a respeito do novo anfíbio foi publicado no European Journal of Taxonomy no dia 3 de julho de 2020, escrito por: Felipe Andrade e Isabela Haga, Mariana Lúcio Lyra, Thiago Ribeiro de Carvalho, Célio Fernando Baptista Haddad, Ariovaldo Antonio Giaretta e Luís Felipe Toledo.
Cora Coralina está no coaxar vibrante de um Pseudopaludicola coracoralinae que, no meio do milharal, anuncia que há umidade para que as espigas cresçam e gerem alimento para homens, animais e aves. Quem sabe se daqui a alguns anos, com o avanço da ciência tecnológica possamos decodificar esse coaxar e encontrar lindos poemas de amor à plantação.

NOSSA SENHORA DAS LÁGRIMAS, JESUS MANIETADO, IRMÃ AMÁLIA DE JESUS FLAGELADO!




 

ANTOLOGIA JANELA E PORTAS DA ALMA



 

CRÔNICA REVISTA VISÃO VALE - AGOSTO

 

segunda-feira, 6 de julho de 2020

ALBERT SABIN




Em épocas de Pandemia e discussão de tantas possibilidades é bom nos lembrar da história da vacina contra a Poliomielite:
"Albert Bruce Sabin nasceu em 1906 em Białystok, Polônia. Médico e virologista judeu, naturalizado americano, ficou famoso por descobrir a vacina contra a Poliomielite e por renunciar ao dinheiro da patente permitindo a sua propagação para todos, incluindo entre os pobres. Entre 1959 e 1961, milhões de crianças dos países de Leste, Ásia e Europa foram vacinadas: a vacina contra a poliomielite de Sabin foi autorizada na Itália em 1963, tornada obrigatória em 1966, erradicando assim a doença no país.
Ele disse: 'Muitos insistiram que eu patenteasse a vacina, mas eu não quis. Este é o meu presente para todas as crianças do mundo'. Esse foi o testamento dele.

OSWALDO CRUZ



Oswaldo Cruz, filho de cariocas, nasceu em São Luiz do Paraitinga (SP). Aos cinco anos, acompanhou a família no retorno ao Rio de Janeiro.
Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1887, formando se em 1892, com a tese "A vehiculação microbiana pelas águas".
Em 1896 estagiou durante três anos no Instituto Pasteur - Paris, sendo discípulo de Émile Roux, seu diretor. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de Peste Bulbônica que fora registrado em Santos (SP) e em outras cidades portuárias. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soto adequado. Como a importação era demorada, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo.
Foi então criado o Instituto Soroterápico Federal (1900), cuja direção assumiu em 1902.
Diretor-geral da Saúde Pública (1903), coordenou as campanhas de erradicação da Febre Amarela e da Varíola, no Rio de Janeiro. A nomeação foi uma surpresa geral. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada, o que ficou conhecido como "Revolta da Vacina". A cidade do Rio de Janeiro era uma das mais sujas do mundo, pois dos boletins sanitários da época se lê que a Saúde Pública em um mês vistoriou 14.772 prédios, extinguiu 2.328 focos de larvas, limpou 2.091 calhas e telhados, 17.744 ralos e 28.200 tinas. Lavou 11.550 caixas automáticas e registos, 3.370 caixas d´água, 173 sarjetas, retirando 6.559 baldes de lixo e dos quintais de casas e terrenos 36 carroças de lixo, gastando 1.901 litros de petróleo (são dados do livro indicado abaixo, de Sales Guerra).
Houve um momento em que Oswaldo Cruz foi apontado como inimigo do povo, nos jornais, nos discursos da Câmara e do Senado, nas caricaturas e nas modinhas de Carnaval. Houve uma revolta, tristemente célebre como a "Revolta do quebra-lampião", em que todos os lampiões foram quebrados pela fúria popular, alimentada criminosamente durante meses pela demagogia de fanáticos, ignorantes e pela mídia (jornais e revistas).
Oswaldo Criz foi premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909).
Dirigiu a campanha de erradicação da Febre Amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro em Rondônia.
Em 1916 ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu vítima de insuficiência renal, um ano depois, não tendo completado o seu mandato.

PAPA JOÃO PAULO II EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP


"O primeiro papa que visitou o Brasil foi João Paulo II, quando tinha apenas dois anos de seu pontificado. No dia 30 de junho de 1980, o sumo pontífice chegou a Brasília e realizou sua célebre marca de ajoelhar-se e beijar o solo, saudando e abençoando o lugar" (por: Rita Elisa Seda; in: Franz de Castro Holzwarth - Apóstolo da Misericordia, p.308). No dia 04 de julho quando estava a caminho de Aparecida, papa João Paulo II visitou São José dos Campos para troca de aeronave. Eu morava na Vila Letônia e fui até a cerca (naquela época era de arame) do aeroporto. Carrego em meu coração a imagem do pontífice ao descer a escada do avião, abaixar-se e beijar o solo Joseense. Lágrimas correram de meus olhos... na verdade essa lembrança ainda me traz emoções que sou incapaz de traduzir em palavras.
Foto: Papa João Paulo II no aeroporto professor Urbano Stunpf - São José dos Campos. (In: Franz de Castro Holzwarth - Apóstolo da Misericordia, p.309).

CORA CORALINA TODAS AS VIDAS - CORA CORALINA RAÍZES DE ANINHA

Há quatro anos eu fiz este post no Facebook  a respeito do pré-lançamento do filme Cora Coralina Todas as Vidas - livremente inspirado no livro Cora Coralina Raízes de Aninha que eu e Clóvis escrevemos.

"Acredito na força do amor, acredito que os sonhos não envelhecem. Este fim de semana foi intenso em alegrias e amor. Dois eventos que me trouxeram ‘palavras novas’... sim, como disse Clarice Lispector: ‘Felicidade é pouco... o que eu quero ainda não tem nome’.
No Encontro na Mantiqueira, no bate-papo com autores, a mediadora me perguntou o que eu ‘sonho’ e eu disse que estou em tempo de ‘realizar os sonhos’. Há muitas décadas eu cultivo um jardim de sonhos e ultimamente ele está florindo, os sonhos se realizando.
O evento de pré-estreia do longa-metragem (documentário- ficção) Cora Coralina Todas as Vidas foi ótimo.
Fiz questão de estar em Paraty e junto com amigos assistir ao filme. Quando recebemos amor... doamos amor.
Meus amigos estiveram presentes, foram de carro, alugaram vans, ônibus e até mesmo de iate. Todos sorrindo, animados. Durante a exibição do filme houve aplausos, manifestações de carinho pela poetisa maior ‘Cora Coralina’.
Sim... posso ser suspeita para falar, mesmo assim eu digo: o filme é lindo!
Agradeço os amigos e as amigas que estiveram presentes.
Felicidades, saúde e paz."