Há anos convivo com as palavras dos amigos de Jacareí. No sábado, dia 05 de junho, estive com alguns deles no Museu de Antropologia. Uma tarde rica em palavras escritas e verbalizadas, momentos descontraídos onde encontrávamos uma resposta para as divagações constantes para os artistas que estão inquietos nesse mundo globalizado. Pensamos, paramos, refletimos, questionamos e nos colocamos. Estamos gestando idéias. Daqui alguns dias, semanas ou meses elas irão eclodir... e fiquem certos de que coisas novas surgirão!
Foi no clima de alegria e amizade que Carlos Guedes leu sua crítica à escritora Rita Elisa. Fiquei emocionada. Sendo ele um crítico de gabarito nacional, soube ver em cada crônica e poema o timbre forte da fotógrafa. É claro que pedi o manuscrito para mim, um deleite para meus olhos.
A crítica publico aqui e a alegria passo para vocês em fotografias onde consta o registro de Marilda Carvalho (atriz que maravilhosamente encena o monólogo ' A Pedra e O Lago' da poeta e cronista Ludmila Saharovsky) que nos agraciou com a performance de um fragmento dessa linda peça; Fred Albano que declamou o poema onde se mostra Fred e, também, A Porta de Vinícius de Moraes; Djalma que leu dois poemas de sua autoria, lindíssimos, dignos de uma taça de vinho; e Guedes que com sua sapiência alinhavou nossos questionamentos dando-nos suporte para uma procura exteriorizada das questões atuais relevantes à cultura.
É no dentro das palavras que sinto as emoções ressurgirem transformadas por essa visão subjetiva, estruturadas dentro dos sonhos, as palavras realçadas e cerzidas por mãos determinadas a decifrar o mistério da existência, o desafio dos encontros, o doar-se para a construção plena, o deslizar do pensamento para dentro dos sonhos. A palavra é sugerida como passaporte para paisagens pintadas com tintas de rara emoção e sensibilidade, o que torna a poesia, a crônica, um grande manifesto expressivo de emoções até então adormecidos, sua obra traz essa convivência com a ternura, o cotidiano jogado para dentro das emoções, o carinho do ninar palavras e adormecê-las dentro do coração, é o cruzar de uma visão lenta e precisa e jogando para dentro de uma ternura universal, o aprendizado da transformação, a metamorfose das lembranças revelando o cheiro doce do passado e o sabor das palavras.
A poeta Rita Elisa traz o jogo universal de encontros e perdas, destranca a porta da alma e escapa minuciosamente para fora, desvendando a luz do sol, colhendo com suas mãos o calor da claridade que viram palavras e perdem-se no céu azul dos sonhos. Rita é esta poeta determinada a refazer a vida pela escrita, sua matéria transformadora é a realidade fixada no tempo, pois com sua criação literária, torna-se atemporal e estabelece a precisão de criar lirismo, fantasias e sonhos coloridos sobre o tempo que exige estas precisas transformações.
Carlos Bueno Guedes
Poeta e crítico literário
Jacareí – SP
4 comentários:
Olá,
Sempre é confortável estar com os amigos e ótimo receber elogios.
Saúde e felicidade.
JPMetz
Ele foi extremamente feliz em suas palavras. Parabéns, Rita.
Paz e bem! E esteja bem...
Sônia GAbriel
Guedes conseguiu pegar "na veia" dessa moça tão talentosa que é Rita Elisa. Pura emoção, seu texto e as críticas de Guedes. Abraços dessa fã da seda de suas palavras. Ludmila
Amo poesia
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