PALAVRAS DE SEDA

Escrever passou a ser necessidade diária, como a respiração mantém o corpo vivo, o ato de escrever mantém minha alma solta para trafegar pelo mundo dos sonhos.
Ao me deixar levar pelas palavras visualizei novo horizonte e criei asas. Voei.
Em vinte anos escrevi dezenove livros em vários estilos: conto, crônica, poesia, romance e biografias.
Alguns de meus livros biográficos foram livremente inspirados para o cinema e TV. Ganharam prêmios.
O importante é continuar escrevendo, registrando histórias e estórias para que a memória não se perca no mundo digital.
De tanto escrever biografias resolvi deixar o registrado meu ensaio biográfico cujo viés é meu Anjo da Guarda. Pode parecer um pouco estranho, porém é bem real. Por isso, acesse também o meu blog "Os Anjos não envelhecem", eu disponibilizei meu livro na íntegra, onde constam fotografias e documentos. O livro físico está esgotado.
Viaje através das palavras. Bem-vindo (a).

















































































































sábado, 20 de agosto de 2016

CORA CORALINA: EU SOU A TERRA!


Cora Coralina entregada aos amigos um cartão onde ela escrevia:
“ EU SOU A TERRA!”
Terra, minha primeira e grande Mãe.
Amo-te. Sou tua, pois que fui feita do teu barro imundo.
Meus pés se apoiam na tua firmeza,
enquanto meu espírito procura Aquele que me
criou um dia, para tudo quanto ignoro.
 Sei que vivo em ti, colada ao teu ventre fecundo.
Sei que vivo de tudo que me vem de ti,
através do esforço, do trabalho e da luta.
 Sinto-me integrada em todas as belezas simples e
Incompletas que provém de ti.
Minha biologia é estreitamente da terra e, para a terra.
Terra, minha grande Mater, generosa e fecunda!
De conforto é para o meu cansaço disfarçado de todos,
o  pensamento de que em breve abrirá o teu seio,
a  cava estreita do meu repouso.

 
Cora Coralina
Jornal O Andradina 1944.
In: Livro Cora Coralina Raízes de Aninha, 2009.
          A visão da Mulher Terra que veio do barro e ao seio da Terra voltaria, norteou a vida de Cora Coralina e, impregnou seus escritos com essa sabedoria. Sua sabedoria foi semeada em seus poemas e crônicas, publicadas em jornais e livros. Ela nos deixou esse legado. A semente germinou, cresceu e hoje floresce, como ela mesma havia profetizado "escrevo para uma geração vindoura".
 
Na Campanha da Fraternidade de 1986, o tema foi:

Terra de Deus, Terra de Irmãos.


Objetivo Geral:
A CF convoca-nos para uma ação conjunta de preces, reflexões e mobilização sobre o gravíssimo problema da questão da terra no Brasil a ser solucionado, ou seja, dentro da justiça e da fraternidade.
 
A canção símbolo dessa Campanha da Fraternidade é o poema de Cora Coralina.
Houve uma edição de disco vinil Cora Coralina pelas Paulinas, com declamações e poemas musicados.
Belíssimo!


 
 

Cora era da Secular Ordem Terceira de São Francisco, dentro da religiosidade era ecumênica! Uma visão atual de convivência pacífica entre as religiões.
Este ano de 2016 a Campanha da Fraternidade é Ecumênica.
 
 
O tema retornou à Mãe Terra! Nesse legado de sabedoria, o destino teceu o símbolo do infinito
e Cora Coralina voltou com força total.
Em uma belíssima homenagem à poetisa maior de Goiás, foi magistralmente produzido o filme: "Todas as Vidas Cora Coralina" (livremente inspirado no livro "Cora Coralina Raízes de Aninha"). 
 

 
E para fechar esse ciclo coralineano muitas premiações para o filme: Todas as Vidas Cora Coralina.
Uma delas foi:  Margarida de Prata, CNBB - 2016.
 

Renato Barbieri, diretor e roteirista do filme Cora Coralina Todas as Vidas.
 
 
 
Cora Coralina vive dentro dos que se alimentam da safra de suas poesias e crônicas, semeadas com amor e carinho em cada página de seus livros.
Em sua homenagem foi criado o

Hemerocallis Cora Coralina, em Joinville, Santa Catarina.
 
 
  
 

 
 

 
 
 

 

 

 

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