PALAVRAS DE SEDA

Escrever passou a ser necessidade diária, como a respiração mantém o corpo vivo, o ato de escrever mantém minha alma solta para trafegar pelo mundo dos sonhos.
Ao me deixar levar pelas palavras visualizei novo horizonte e criei asas. Voei.
Em vinte anos escrevi dezenove livros em vários estilos: conto, crônica, poesia, romance e biografias.
Alguns de meus livros biográficos foram livremente inspirados para o cinema e TV. Ganharam prêmios.
O importante é continuar escrevendo, registrando histórias e estórias para que a memória não se perca no mundo digital.
De tanto escrever biografias resolvi deixar o registrado meu ensaio biográfico cujo viés é meu Anjo da Guarda. Pode parecer um pouco estranho, porém é bem real. Por isso, acesse também o meu blog "Os Anjos não envelhecem", eu disponibilizei meu livro na íntegra, onde constam fotografias e documentos. O livro físico está esgotado.
Viaje através das palavras. Bem-vindo (a).

















































































































segunda-feira, 6 de julho de 2020

OSWALDO CRUZ



Oswaldo Cruz, filho de cariocas, nasceu em São Luiz do Paraitinga (SP). Aos cinco anos, acompanhou a família no retorno ao Rio de Janeiro.
Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1887, formando se em 1892, com a tese "A vehiculação microbiana pelas águas".
Em 1896 estagiou durante três anos no Instituto Pasteur - Paris, sendo discípulo de Émile Roux, seu diretor. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de Peste Bulbônica que fora registrado em Santos (SP) e em outras cidades portuárias. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soto adequado. Como a importação era demorada, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo.
Foi então criado o Instituto Soroterápico Federal (1900), cuja direção assumiu em 1902.
Diretor-geral da Saúde Pública (1903), coordenou as campanhas de erradicação da Febre Amarela e da Varíola, no Rio de Janeiro. A nomeação foi uma surpresa geral. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada, o que ficou conhecido como "Revolta da Vacina". A cidade do Rio de Janeiro era uma das mais sujas do mundo, pois dos boletins sanitários da época se lê que a Saúde Pública em um mês vistoriou 14.772 prédios, extinguiu 2.328 focos de larvas, limpou 2.091 calhas e telhados, 17.744 ralos e 28.200 tinas. Lavou 11.550 caixas automáticas e registos, 3.370 caixas d´água, 173 sarjetas, retirando 6.559 baldes de lixo e dos quintais de casas e terrenos 36 carroças de lixo, gastando 1.901 litros de petróleo (são dados do livro indicado abaixo, de Sales Guerra).
Houve um momento em que Oswaldo Cruz foi apontado como inimigo do povo, nos jornais, nos discursos da Câmara e do Senado, nas caricaturas e nas modinhas de Carnaval. Houve uma revolta, tristemente célebre como a "Revolta do quebra-lampião", em que todos os lampiões foram quebrados pela fúria popular, alimentada criminosamente durante meses pela demagogia de fanáticos, ignorantes e pela mídia (jornais e revistas).
Oswaldo Criz foi premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909).
Dirigiu a campanha de erradicação da Febre Amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro em Rondônia.
Em 1916 ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu vítima de insuficiência renal, um ano depois, não tendo completado o seu mandato.

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