Madrugada
Na madrugada em que me permiti
Deitar no chão frio,
Sob a “cuia da noite”
Enxerguei o “útero negro”,
Parindo estrelas e nuvens.
Os seres madrugavam...
As horas passavam...
O silêncio gritava...
E quanto a mim,
Madrugava com as coisas,
Tendo quase a certeza
De que nem precisaria escrever mais versos.
Teria somente que “ser”;
Passando com o tempo...
Madrugando como as coisas...
Na madrugada em que
Optei pela vigília...
Vi a rotina do céu,
Que nada tem a ver com a minha.
(Não contei os astros. Somente
Aguardei uma estrela cadente
que cismou cair ao término do poema.)
Eu, “desordenada”...
Esperei o extraordinário,
Que se fez no ordinário...
A madrugada “madrugou”
E com ela todos os seres,
Inclusive eu, que, poetando,
Peguei caneta e papel...
Só para não perder essa mania de grandeza...
De achar que meus versosTambém podem parir estrelas...
Mirian Menezes de Oliveira
Poeta/maior
São José dos Campos
3 comentários:
Oláaaaaaaaa
Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são passaros em vôo.
Mário Quintana
Um lindo final de tarde prá voce com amor e poesia.
FELICIDADE
És precária e veloz.
Felicidade
Custas a vir e quando vens,
Não te demoras,
Foste tu
Que ensinaste aos homens
Que havia tempo
E, para te medir,
Se inventaram as horas
Cecília Meireles
Beijos poéticos prá ti neste dia!! M@ria
ERGO CORES DE UMA MÃO
QUE SABE À FOLHA DO TABACO
E AO FUMO QUE É UM SENÃO
É UM CACHIMBO DE CACO
EMBRULHADO EM PALAVRAS DE TRAJES
ENTRE CAMPAS E LAGES
QUE NÃO A MORTE
MAS O DISCÍPULO DA SORTE
QUE NAVEGA ENTRE O FUMO
DAS ARGOLAS QUE SE ELEVA
E NÃO QUANDO NEVA
NOS POENTES DO FIO DE PRUMO
QUE NOS MEDE A TENSÃO
AO DIABO DO CORAÇÃO.
nINGUÉM (jORGE mANUEL bRASIL mESQUITA
30/04/2010 - 12H36 - bIBLIOTECA nACIONAL
ETPLURIBUSEPITAPHIUS.BLOGSPOT.COM
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